A menina Joana Carvalho Treulieb está prestes a completar 10 anos de idade. Filha de João Aloísio, ela nasceu meses após o pai morrer no incêndio da boate Kiss, em Santa Maria. A tragédia que vitimou 242 pessoas completou uma década na sexta-feira (27).

Neste período de 10 anos, os familiares enlutados sofreram com a perda e com o sentimento de que a justiça não foi feita. O julgamento de alguns dos acusados de terem colaborado para a tragédia foi anulado no ano passado. Um novo julgamento é aguardado.

Menina não conheceu o pai e escreveu carta

Joana não conheceu o pai, João Aloísio. Ele foi uma das 242 pessoas a morrer na tragédia da boate Kiss, em Santa Maria. Meses depois do falecimento de João, Joana nasceu. Órfã de pai desde o primeiro dia de vida, a menina escreveu uma carta emocionante para o pai.

“Oi, pai. Não tenho como te falar isso pessoalmente, mas esta carta significa todo meu amor por você. Desde que nasci, perguntava para minha mãe onde você estava. Ela me disse que você tinha falecido. Então, sempre tive curiosidade de te conhecer, mas só vi as fotos. Pouco tempo atrás, foi pela primeira vez em nove anos que fui te visitar. E, para falar a verdade, foi o melhor dia da minha vida’, escreveu a garotinha. No texto, ela diz que perguntava para a mãe onde o pai estava. A curiosidade de conhecer o pai falecido era tirada apenas pelas fotos que a mãe mostrava. A menina classifica o dia que foi ao cemitério “visitar” o pai como o melhor de sua vida. “Te amo muito”, finalizou.

Família recebe apoio

Patrícia Carvalho, mãe de Joana e viúva de João, conta com o apoio dos familiares e dos amigos. Segundo a advogada, cada um contava uma história diferente sobre João para Joana, que começou a criar uma relação com o pai a partir desde depoimentos. Familiares e amigos das vítimas da boate Kiss convivem com a dor da perda e saudade dilaceradora. 

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